A preocupação com a possibilidade de exercício de poder de mercado em mercados concentrados na indústria farmacêutica leva à legítima necessidade de se estabelecer algum tipo de regulação econômica nesse setor.
A regulação da indústria farmacêutica em geral impõe a fixação de preços máximos para a comercialização de medicamentos com o objetivo de corrigir eventuais falhas de mercado. Assim, por meio do estabelecimento de um preço teto, procura-se garantir a competitividade dos mercados, maximizando-se o bem-estar dos consumidores.
Em geral, a teoria microeconômica sugere que, em situações em que há uma firma ou conjunto de firmas com algum poder de mercado, qualquer medida que faça com que o preço de mercado se reduza em direção ao custo marginal traz um ganho de bem-estar para a sociedade, ao expandir a oferta agregada do produto e eliminar a perda de peso morto¹.
A questão que se segue é: deve a regulação sancionar os gastos com propaganda e publicidade (P&P) nas estruturas de custo de medicamentos?
Há algum ganho para o consumidor nos investimentos em P&P feitos pelos fabricantes de medicamentos?
A teoria microeconômica pode nos ajudar a responder essas questões. Como? Esse é o tema do Painel EDAP de hoje.
Confira o artigo disponível no link abaixo:
Boa leitura a todos.
Edgard Pereira e
João Paulo Leal
EDAP – assessoria especializada
perícias judiciais | arbitragem | antitruste
antidumping | microeconomia
1. Ver, por exemplo, VARIAN, H. R. Microeconomia Princípios básicos. Rio de Janeiro: Campus, 1994