Domingo dedicado à leitura dos jornais. Na Ilustrada (Folha), a surpresa é uma notícia menos amena, veiculada por Maurício Stycer (“Acidente em Câmera Lenta“, 24/06/2019): em resposta à denúncia da Net/Claro, a Anatel proibiu a comercialização pelo canal Fox de conteúdo audiovisual diretamente aos consumidores via aplicativo/internet, isto é, obrigou a Fox a limitar o acesso ao conteúdo apenas aos assinantes das operadoras de TV.

Por que não podemos comprar conteúdo diretamente da Fox ou da HBO (com o saudoso GoT)? Porque obviamente há uma lei (12.485/2011) que reserva o mercado de distribuição de conteúdo às TVs pagas!

Explica Maurício Stycer:

“Esta disputa deve ser entendida no contexto da retração lenta, mas contínua, do mercado de TV por assinatura nos últimos quatro anos. Em novembro de 2014, no seu ápice, o Brasil contava com 19,8 milhões de assinantes. De acordo com o dado mais recente, referente a abril de 2019, há hoje 17,07 milhões de domicílios com TV paga no país.

Em paralelo, vem crescendo, ao menos nos grandes centros urbanos, o acesso à banda larga, o que facilita o consumo de conteúdos audiovisuais pela internet. A Netflix, principal empresa atuando nesse setor, já teria entre 7 e 8 milhões de assinantes no Brasil, segundo diferentes estimativas (a empresa não divulga números específicos).”

Em 14 de junho, a Anatel publicou uma envergonhada nota à imprensa, em que informou ter encaminhado carta ao Congresso Nacional sobre a “premente” necessidade de revisão da lei.

 

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